Uma tela de smartphone que se auto regenera?

Em minhas andanças por aí, vejo muitas pessoas utilizando seus smartphones com as telas quebradas. E isso tem uma explicação simples, trocar uma tela de smartphone sai quase tão caro quanto comprar outro smartphone. O conserto de uma tela de um GalaXy S7 Edge não sai por menos que R$1800,00.  Outros modelos de celulares intermediários ou de entrada, mantém a média de 30% a 50% do valor do aparelho.Porém isso pode mudar nos próximos anos (pelo menos em parte dos casos). Químicos da Universidade da Califórnia inventaram o que pode ser a solução.  Um material que pode ser usado como tela de smartphones que se regenera em casos de cortes e arranhões.

O químico Chao Wang disse à Business Insider que realizaram testes com sucesso onde conseguiram que o material quebrado se “colasse” em 24 horas.  O material é feito de um polímero esticável e sal iônico e pode esticar até 50 vezes do seu tamanho original.

Espero que não seja mais uma promessa como da “película líquida”. =)

Mas como isso é possível?

O material possui uma ligação chamada interação íon-dipolo, que é uma força intermolecular que faz que quando o material é quebrado ou arranhado os íons e moléculas se atraiam um ao outro ocasionando a regeneração. Eu não me lembro mais de minhas aulas de química, mas isso parece um tanto interessante não? =)

Tela de smartphone que se regenera
Foto: Wang Lab

Há aproximadamente três anos atrás foram noticiadas outras pesquisas com o mesmo objetivo, porém com uma solução diferente, consistindo em micro esferas que com a quebra liberariam substancias que “colariam” as partes. Nas minhas buscas não encontrei novos avanços nesta técnica, e em meu limitado conhecimento químico, a solução de ion-dipolo me parece mais plausível, mesmo entendendo que deve funcionar apenas para aquele tipo de trincado simples em tela de smartphone, o que é bem diferente de uma queda onde o vidro se despedaça.

É bom citar que o smartphone da LG, o G Flex possui uma tecnologia semelhante em suas tampas traseiras que podem se recuperar de arranhões, porém, não permitem conduzir eletricidade.  E este é outro diferencial do novo material que pode ser condutor de eletricidade tendo assim uso para aplicações como telas de smartphones.

A previsão dos químicos é que o novo material comece a ser usado até 2020. Eu sinceramente torço por isso, porém não temos ideia de valores e custo no momento. Muitas vezes a tecnologia esbarra em custo e acaba não tornando-se viável para aplicações em produtos para o consumidor.

Outro fato é saber se a indústria de smartphones tem interesse na tecnologia, uma vez que a quebra de telas acaba reaquecendo as compras por novos modelos.

Eu busco ter muito cuidado com meus smartphones, mas algo que regenerasse, mesmo que apenas arranhões na tela seria bem interessante não acha?

Fonte: Business Insider

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *